quarta-feira, 28 de abril de 2010

Acreditamos que muitos pescadores, já tiveram a desagradável oportunidade de convidar um conhecido para uma pescaria, sem conhecer os verdadeiros dotes desta pessoa como pescador.

Um amigo nosso sempre diz: Quer realmente conhecer uma pessoa, leve-a para uma pescaria e você conseguirá saber quem realmente ele é. Veja este perfil!

Geralmente não possui barco e muitas vezes não tem carro. Não tem material de pesca, e se tem não o leva. Na hora de pagar as despesas, sempre afirma: esqueci o dinheiro e o talão de cheques em casa! Nunca leva lanche, nem bebidas, e na hora de lanchar, “tira a barriga da miséria”.

Não sabe nada de pesca, e se diz o melhor pescador do mundo. Quando vai arremessar, quase vira o barco, e se não nos abaixamos corremos o risco de levar uma chumbada na cabeça, ou ficarmos com anzóis ou iscas artificiais cravados no corpo.

Quando manuseia o material de pesca no barco, faz tanto barulho, que num raio de dois quilômetros qualquer ser vivo escuta. Ao fisgar um peixe, a sua fisgada é tão forte, que quase vira o barco.

Fala alto e não deixa ninguém falar. Ele é o “bom da boca”, e sabe tudo, os melhores pesqueiros, a melhor maré, a hora do peixe, a melhor isca, etc.…Quando é hora de fazer força para tirar o barco da água, sai de fininho, ou afirma que não pode fazer força por causa de seu velho problema de coluna.

Entra no barco com os sapatos sujos de barro e ainda os limpa no estrado. Na viagem de retorno da pescaria, dorme e baba no estofamento do carro. No retorno da pescaria, separa os maiores peixes, e reclama que vai ter que limpá-los.

Bate em nossas costas, agradece e pergunta: “Quando iremos pescar de novo compadre?” Após a pescaria, comenta com conhecidos, que nos levou para pescar, nos ensinou e ainda por cima pegou o maior peixe.

Este é o perfil do companheiro, que você um dia poderá ter o desprazer de levar a uma pescaria, se é que já não levou!

terça-feira, 2 de março de 2010

Fim da piracema, inicio das pescarias relaxantes, mas antes regularize sua licença para pesca amadora!

É cada dia maior o número de pescadores amadores no Brasil. Rios, lagos, reservatórios artificiais, uma enorme extensão de mar, uma grande diversidade de peixes esportivos e uma ampla divulgação da atividade, por meio da mídia especializada (revistas e programas de pesca amadora), além de eventos específicos como feiras, torneios e festivais de pesca, têm contribuído para esse crescimento. Modernos equipamentos e materiais de pesca já podem ser adquiridos em lojas especializadas, mas, antes de começar a pescaria, o pescador amador deve ter em mãos a Licença para Pesca Amadora.


A Licença para Pesca Amadora é obrigatória para todo pescador que utiliza molinete/carretilha ou pesca embarcado. Não sendo filiado a qualquer clube ou associação de pesca, o aposentado ou maior de 65 anos (60 anos no caso de mulheres) é isento do pagamento da licença.


A Licença para Pesca Amadora do IBAMA é válida em todo território nacional e, uma vez licenciado, o pescador pode pescar em qualquer região do país, não havendo necessidade de pagamento da licença estadual. No entanto, as normas estaduais devem ser respeitadas quando forem mais restritivas do que a norma federal. O limite de cota de captura e transporte federal de pescado por pescador é de 10 kg mais um exemplar para águas continentais e 15 kg mais um exemplar para águas marinhas e estuarinas.


O licenciamento é a forma que os governos federal e estaduais dispõem para controlar a exploração dos recursos pesqueiros e arrecadar recursos para implementação de planos de gerenciamento e fiscalização do meio ambiente, de forma a garantir a manutenção dos estoques pesqueiros. Licenciando-se, o pescador estará garantindo suas futuras pescarias.


O licenciamento pode ser feito através do site http://servicos.ibama.gov.br/cogeq/index.php?id_menu=42

O pescador amador devidamente licenciado está apto a pescar, observando as seguintes normas:


  • utilizar linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, e anzóis simples ou múltiplos, com isca natural ou artificial, puçá e tarrafa (esta última somente no mar)

  • obedecer o limite de captura

  • respeitar o tamanho mínimo de captura e os períodos de defeso

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Piracema vai começar dia 5 em todos os rios de MS

A partir do dia 5 de novembro, a pesca amadora e profissional fica proibida em todos os rios de Mato Grosso do Sul – incluindo as bacias dos rios Paraná e Paraguai. Em outras regiões do país, a piracema na bacia do Paraná inicia no dia 1º, mas como MS tem legislação própria a data foi alterada para coincidir com o defeso na bacia do Paraguai.

Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o início da proibição em datas diferentes gerava transtornos, principalmente na fiscalização. A pesca segue proibida até o dia 28 de fevereiro. A pesca na modalidade ‘pesque-solte’ será liberada somente na bacia do Paraguai, durante o mês de fevereiro. A data para início da piracema nos rios de domínio federal é definida pelo Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis).


Para a bacia do rio Paraná, a data definida foi 1º de novembro, mas na instrução normativa o Ibama deixa a data livre para os Estados que têm legislação própria, como é o caso de MS. Já para a piracema na bacia do rio Paraguai existe uma instrução normativa definitiva, estabelecendo o início para 5 de novembro.

Segundo a gerente de recursos pesqueiros e fauna da Sema, Francisca Albuquerque, o início da proibição em todos os rios do Estado facilita os trabalhos, inclusive a fiscalização. “Em muitos casos havia flagrante de pescadores em trânsito de uma bacia para outra, o que inviabilizava a apreensão. Agora, é possível estabelecer uma única operação de fiscalização”, esclarece. A partir da semana que vem, fica proibida a pesca amadora e profissional em todos os rios do Estado.

Entre os pontos com reforço na fiscalização, estão a bacia do rio Miranda (incluindo os municípios de Miranda, Aquidauana, Jardim e Bonito), o rio Paraná (na região de Dourados) e o rio Paraguai, em Miranda, Corumbá e Bonito. Durante a piracema, é permitida apenas a pesca científica com prévia autorização do Ibama e a pesca de subsistência da população ribeirinha, estabelecendo a cota diária de 3 quilos de pescado.

Qualquer tipo de transporte e comercialização do pescado proveniente da pesca de subsistência também é proibido e considerado crime. Já nos lagos das hidrelétricas, como é o caso de Três Lagoas e Batayporã, a pesca amadora e profissional continua permitida, mas fica restrita às espécies introduzidas nos lagos – como tucunarés, tilápias e traíras.

Durante a piracema, os pescadores profissionais recebem um seguro-desemprego, pago pelo Ministério do Trabalho. O seguro, no valor de um salário mínimo, é pago aos pescadores que comprovam a atividade e declaram INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

PEIXARIAS: Além dos pescadores, as peixarias também devem ficar atentas ao início da piracema. Segundo Francisca Albuquerque, os estabelecimentos que comercializam peixe (seja em espécie ou em pratos, como restaurantes) devem declarar os estoques até 48 horas após o início da piracema. Durane o período de defeso, os estabelecimentos só podem comprar peixes oriundos de piscicultura ou de outros países, desde a origem seja comprovada.

A multa para a pesca durante o período de defeso da piracema varia de R$ 700 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 10 por quilo do produto da pescaria. A mesma multa está prevista para quem manter em estoque e/ou comercializar pescado durante a piracema sem declaração de estoque, ou declaração irregular. Quem for pego em flagrante pescando nos rios também será encaminhado à delegacia e poderá ser preso de 1 a 3 anos por crime ambiental. O pescador também pode ter todo o material de pesca apreendido, incluindo barco, motor e até o veículo utilizado no transporte do pescado.
Sucuri de 3 metros assusta moradores no Parque dos Coqueiros

Quarta-feira, 21 de outubro de 2009 - 19h08m

Uma sucuri, de aproximadamente 3 metros, foi capturada na tarde desta quarta-feira em Dourados. A serpente estava atravessando a rua W-11, no Parque dos Coqueiros, quando chamou a atenção de moradores, que acionaram a Guarda Municipal Ambiental (GMA). Capturada, a cobra foi encaminhada para a Polícia Militar Ambiental (PMA) e posteriormente solta no Rio Dourados. (Informações Cido Costa)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

Na foto um belo exemplar de Dourado (Salminus maxillosus) medindo 80 cm e pesando 7 quilos, fisgado por este que vos escreve – Luquinhas. Peixe conhecido como o "rei do rio", uma das espécies mais atraentes para a pesca esportiva pela sua disposição de luta, beleza e exuberância no sabor. Um brigador por excelência famoso pela sua bravura e explosiva combatividade e resistência.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O TERERÉ

O calor do verão obriga a nos manter hidratados. É evidente que água é o melhor dos remédios para esta ocasião, mas como nem todos gostam de água segue a dica.

O tereré (ou tererê) é uma bebida feita com a infusão da erva-mate (Ilex paraguariensis), de origem guarani, indígenas que habitavam o Paraguai desde a época pré-colombiana.

É consumida com água gelada, e, opcionalmente, gotas de limão, ou até mesmo sucos e refrigerantes. No Paraguai costuma-se adicionar ervas e plantas medicinais à água, como o hortelã (Mentha arvensis), o cedrón (Lippia citriodora), a peperina (Allophyllus edulis), entre outros.

Crê-se que o tereré desde a invasão da América já era ingerido pelos índios Guarani e que por volta do século XVII os jesuítas aprenderam com eles as virtudes do mate (ka'a em guarani).

Os mesmos jesuítas elogiavam os efeitos da erva, que dava força e vigor e matava a sede mais do que a água pura. A infusão é riquísima em cafeína, daí o poder revigorante.

Segundo alguns, os índios Guarani, além de tomar mate (ou tereré) também fumavam a folha bruta da erva-mate e usavam-na como rapé.

O Tereré é a bebida mais tradicional e popular do Paraguai, em conjunto com o mate estas são servidas na zona do Rio da Prata (Argentina, Uruguai e Brasil).

No Brasil, o tereré foi trazido pelos paraguaios e índios guarani e kaiowá, que passaram a pertencer ao país quando da nova definição da fronteira entre Brasil e Paraguai, anexando imensos ervais nativos ao estado do Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul.

A bebida possui um gosto um pouco amargo, porem é muito apreciada. Aqui no Brasil ela é mais consumida no Mato Grosso e no Matogrosso do sul, mas pode ser encontrada em outros estados, como o Acre, no interior do estado de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e Tocantins.

Todo ciclo brasileiro da erva-mate do tereré teve início na cidade de Ponta Porã, que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia, depois expandiu-se para outras cidades e estados.

Diferentemente do chimarrão, que é feito com água quente, o tereré é consumido com água fria, resultando em uma bebida agradável e refrescante. Em sua produção, a erva mate utilizada no preparo do tereré difere da utilizada no chimarrão por ter de ficar em repouso por volta de oito meses, em local seco, e de ser triturada grossa depois disso.

O recipiente tradicionalmente utilizado é a “guampa”, fabricada a partir do chifre de boi, que é lacrado com um pedaço de madeira ou coro de boi, sendo revestido por fora com verniz. Mas pode ser utilizado também copo de alumínio, vidros, ou até mesmo plástico.

A bomba é utilizada para filtrar a infusão do tereré, para que não se absorva o pó da erva triturada. As bombas são feitas normalmente de alumínio e nunca devem ser feitas de ferro por causa da oxidação, que altera o sabor da infusão. Também é possível encontrar bombas feitas de ouro, prata, alpaca e aço inox.

Modo de Preparo:


1. Coloca-se a erva-mate na guampa, aproximadamente 2/3;
2. Bate-se a erva-mate, virando a guampa em sentido diagonal, vedando a boca da guampa com a mão, de maneira a fazer com que a erva-mate ocupe toda a lateral da guampa e não caia;
3. Coloca-se a bomba na guampa;
4. Coloca-se a guampa de pé e se acrescenta o líquido.

Saiba:


Não demore com a guampa na mão – o tereré não é só seu (com chimarrão é normal a demora, pois a água é bem quente).

Jamais fique mexendo a bomba enquanto está tomando o tereré, isso só bagunça a erva dentro da guampa.

Você Sabia:

Que em processos tradicionais, para se tornar uma guampa de tereré o chifre era extraído do boi, "esvaziado", e ficava enterrado na lama por uns 15 dias para eliminar as impurezas, somente depois desse tempo é que ela estava preparada para o uso;

Que por tradição, em uma roda, deve-se servir o tereré no sentido anti-horário, devido ao movimento praticado pelos laçadores;

Que a constituição da erva do tereré é de 50% de folhas e 50% de galhos de sua própria árvore e que a do chimarrão é de 70% de folhas e 30% apenas de galhos;

Que quando você não quer mais ser servido em uma roda, basta dizer "obrigado!";

Que os peões de comitiva, principalmente no Pantanal, tomam tereré com água de rio, logo o tereré deles não é gelado e sim frio.

Símbolo de amizade a bebida é consumida tanto no verão como no inverno, dia e noite: não há calendário para o seu consumo feito em rodas de amigos ao final da tarde e todos compartilham da mesma guampa.