quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pagode de Viola

O Pagode de Viola é uma expressão da música sertaneja, em que a viola bate cruzado com o violão, numa mistura de recorte do catira lento com o recortado mineiro mais expressivo.

Estrutura que admite solos de viola e versos longos, intercalados por refrões, com letras extensas e que contam fatos históricos bem como acontecimentos marcantes da vida das comunidades onde são feitas.

O pagode nasceu nas mãos do saudoso Tião Carreiro no final da década de 50. Tião na época fazendo dupla com Carreirinho estava numa rádio em Maringá e em um momento de descanso pegou o violão e começou a brincar com os ritmos. Ao achar o ritmo que seria conhecido por cipó-preto, ele o gravou em um gravador que havia ali. Com o violão gravado ele pegou a viola e começou a procurar outro ritmo que se encaixasse ali. Nascia o pagode de viola. Tião eufórico, na sua chegada em São Paulo mostrou o ritmo para o compositor e parceiro Lourival dos Santos que disse: “Parece um pagode”.

Pagode naquela época queria dizer festa de fundo de quintal, bagunça. Somente nos anos 80 o samba carioca tocado em ritmo mais lento seria conhecido por este nome.

Atualmente o pagode é o ritmo mais difícil de todos pela sua necessidade de coordenação da mão direita e da mão esquerda, porém muito popular nos estados.

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